DECLARAÇÃO PÚBLICA DA FRENTE DE APOIO A GREVE DOS PROFESSORES DA REDE PÚBLICA DE SC.
Entra governo e sai governo e a promessa é que a educação será prioridade. Passada as eleições, vemos que tudo não passou de promessas. Em Santa Catarina, com o Governo Colombo, continuidade de Luiz Henrique, não é diferente.
“Depois de muita luta, as trabalhadoras e os trabalhadores do magistério público estaduais, através da CNTE e dos sindicatos estaduais filiados, obtiveram uma vitória com a aprovação da lei 11.738/08 do piso salarial nacional, mas cinco governadores, um deles - o de Santa Catarina - eram contra a lei e recorreram à justiça para não pagar o piso aos professores. O Supremo Tribunal Federal demorou quase 3 anos para votar e definir a legalidade do piso. Mesmo assim, o governo Colombo não quis aplicar a lei do piso.
Então, o recurso foi a greve do magistério público estadual. “Ela veio forte, com grande adesão da categoria, apoio dos alunos, pais e da sociedade em geral Denunciou em cores vivas as mazelas da educação que os governos não conseguem mais esconder.”
O governo Colombo se mantém na contramão da história. Mantém-se defendendo o atraso com uma proposta de pagamento do “piso” que destrói o plano de carreira dos professores, desvalorizando assim, os que têm mais tempo de dedicação e estudo. O magistério público estadual rejeitou o golpe aumentando sua greve e a sociedade mantém o apoio.
Outra lamentável postura do Governo Colombo é mentir para toda a sociedade de que não tem dinheiro para pagar o piso e investir mais em educação. Não é verdade! Em recente analise das contas dos dois governos de Luiz Henrique/Leonel Pavan, feitas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) demonstrou que foram desviados R$ 1,670 bilhões do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB) dinheiro da educação para outros setores como Tribunal de Contas, Judiciário, ALESC e pagamento de aposentadorias”. As projeções das receitas no governo Colombo não param de crescer para 2011. A receita do estado em 2010 foi de aproximadamente R$ 13,4 bi. Primeiro projetou-se, com o crescimento de arrecadação estimado para 2011, que o orçamento iria para R$ 15 bi, mas com os primeiros resultados fiscais do ano a projeção já é de R$ 16 bi. Como não tem dinheiro para educação?
Nós, abaixo-assinados, manifestamos nosso apoio incondicional a greve dos professores da rede pública estadual de SC. Conclamamos a sociedade para que mantenha e aumente seu total apoio. Defendemos, junto do magistério público estadual, maiores investimentos em educação pública e a aplicação imediata da lei do piso nacional com respeito à carreira em Santa Catarina. Repudiamos, por fim, qualquer eventual tentativa do Governo Colombo de punição da greve com demissões, criminalização de lideranças ou ataques ao direito de greve e de livre organização.
PELA APLICAÇÃO IMEDIATA DO PISO NACIONAL COM RESPEITO À CARREIRA!
“EM DEFESA DA EDUCAÇÃO PUBLICA DE QUALIDADE”
TODO APOIO À GREVE DO MAGISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL!
SINDICATOS QUE APÓIAM OS PROFESSORES:
SINTESPE (Servidores públicos estaduais) - SINTRATURB (Transporte coletivo) - SINDPD (Processamento de dados) - SINTRAFESC (Servidores públicos federais) - SINTAEMA (Servidores da Casan) - ADESSC (Professores da UDESC) - SEEB (Bancários) - SINTRASEM (Servidores públicos municipais de Florianópolis) - SINERGIA (Servidores da Celesc) - APRASC (Policiais e Bombeiros Militares) - SINDSAÚDE (Servidores públicos estaduais da Saúde)– SINDPREVS/SC (Servidores da Previdência), SINDASPI/SC (Peritos e Assessoramento), SINTECT/SC (Servidores dos Correios), SINJUSC (Servidores da Justiça Estadual), SINTRAJUSC (Servidores da Justiça Federal),
MOVIMENTOS: - Movimento Sem Terra (MST), União Nacional dos Estudantes (UNE), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), União Catarinense dos Estudantes (UCE), Assembleia Nacional dos Estudantes Livre (ANEL) e Contraponto - Oposição da UNE
CENTRAIS SINDICAIS E FEDERAÇÕES: CUT, CTB, INTERSINDICAL, CSP/CONLUTAS, FETAE
17 de junho de 2011 às 9:29 am
Bom dia Moacir!
Não sou professora, sou mãe de duas meninas, uma está no Ensino Médio e a outra está na faculdade. Soube através de uma amiga de seu blog e passei a acompanhar as notícias através daqui, que estão sempre atualizadas.
Bom gostaria de dizer, que minhas filhas, sendo alunas de escola pública, já passaram por outras greves e posso afirmar que nunca foram prejudicadas, devido a responsabilidade dos professores do nosso estado, aos quais tenho um profundo respeito e admiração e acho que deveriam ser os profissionais mais valorizados do Brasil, pois todas as outras profissões se devem a um professor.
Eu lembro que teve um ano em que o então governador Paulo Afonso, perdeu as eleições e deixou os professores sem salários durante 3 meses e sem o décimo terceiro, mesmo assim de forma responsável, os professores terminaram o ano letivo. Sabe o que é isso? Ficar três meses sem receber?
Por isso que cada vez mais os admiro e nós pais estamos e estaremos ao lado deles até o final.
Ontem conversando com uma professora de uma das minhas filhas ela me disse que agora o governo estava fazendo pressão cortando o salário dos dias parados. Isso faz com que os professores não precisem mais repor as aulas. Peço que os professores não cedam as pressões.
Agora eu como mãe e juntos com os outros pais vamos exigir do governo a reposição dos 15 dias do início do ano letivo em que minhas filhas ficaram sem professor em várias disciplinas, por culpa do governo estadual que não fez a contratação dos ACTs. Afinal nossos filhos tem direito a essas aulas que ficaram faltando, não tem? Por que então iniciou o ano letivo se não estava preparado para começar???
Agora se mostra mais despreparado ainda para lidar coma a situação da GREVE.
Enquanto pais e professores estão angustiados para que tudo isso termine, ele e seus assessores viajam e participam de festas. E dizem que não tem dinheiro??? A quem querem enganar?
Demonstram a mesma preocupação do início do ano.
Espero que os Deputados Estaduais não aceitem a proposta do governo, pois confiamos nossos votos a eles para ter uma educação melhor, e que se faça cumprir a lei. Eles que não se esqueçam que pais e professores também votam e tem família que vota. E que tudo isso pode se refletir contra eles pelo resto da vida deles. Pois os professores SÃO professores hoje e sempre, escolheram esta profissão por amor e eles ESTÃO deputados, senadores, governadores, secretários…
Espero que o Sr Colombo tenha responsabilidade verdadeira com a educação como ele falou em seus discursos na televisão (será que já esqueceu, ou foi alguém que escreveu para ele?) e atenda as reivindicações dos professores.
Obrigada,
Mayara